Guia rápido #28: Cupins – Praga que acarreta prejuízos na Cana-de-açúcar.

Foto: Divulgação

São insetos sociais da ordem Isoptera, pragas-chave em lavouras de cana-de-açúcar no Brasil, podendo causar danos de até 60 toneladas por hectare durante o ciclo. Também atacam outras culturas como milho, arroz, amendoim, mandioca e eucalipto. Vivem em colônias, com indivíduos especializados para cada tarefa.

O casal reprodutivo, chamado popularmente de rei e rainha, produz ovos que darão origem as novas gerações de operários e soldados. Estes por sua vez têm funções estabelecidas, sendo os operários responsáveis pela manutenção da colônia, como busca de alimento e construção de ninhos, enquanto que, os soldados atuam na defesa.

São organismos de corpo mole, geralmente de hábito subterrâneo. Constroem galerias com fezes, saliva e solo, em profundidade, ou dentro de sua fonte de recursos, como troncos de árvore por exemplo, podendo assim causar danos sem que se perceba ao observar externamente.

A alimentação se baseia em matéria vegetal, em diversos estágios de decomposição, em um gradiente que vai desde plantas vivas a matéria orgânica do solo.

Já foram identificadas na cana mais de 12 espécies de cupins e há ainda outras em fase de identificação. Sabe-se que as Heterotermes tenuis, Heterotermes longiceps, Procornitermes triacifer, Neocapritermes opacus e Neocapritermes parcus são os mais danosos.

O mais usual é que se dividam as espécies de ocorrência mais comum de acordo com seu hábito de construção de ninhos. Há os cupins de montículos, que constroem ninhos sob o solo, com envoltório terroso muito duro, o que gera transtornos na colheita mecanizada, sem gerar danos aos tecidos vegetais. Já os cupins subterrâneos, são aqueles que geram danos diretos.

Danos

Atacam plântulas, raízes, caules ou folhas, dependendo da cultura e espécie de cupim. Várias espécies atacam simultaneamente diferentes partes de uma mesma planta. Quando o ataque ocorre em mudas recém plantadas, como no caso do eucalipto, geram falhas no plantio. No caso de ataque em arroz, que se dá nas raízes, os cupins reduzem bastante a produtividade dos grãos. Já no caso de danos as raízes do milho, pode gerar tombamento da planta adulta.

Os danos causados especificamente na cana ocorrem em três períodos distintos no ciclo da cultura. Logo após o plantio, quando os cupins penetram pelas extremidades dos toletes-sementes e ao se alimentar dos tecidos internos danificam as gemas e prejudicam a germinação. Também na cana recém plantada, danificam o sistema radicular, podendo inclusive gerar necessidade de replantio ao debilitar as plantas. Já no caso da cana madura, penetram os colmos e ocasionam secamento e morte.

Após o corte da cana as touceiras ficam extremamente vulneráveis e em muitas das vezes, tem sua superfície cortada como principal fonte de alimento e umidade para os cupins no período anterior a rebrota.

Controle

O controle é realizado preventivamente, no momento da instalação de lavouras, tanto nas áreas de expansão quanto de reforma, com a aplicação de inseticidas de longo poder residual no sulco de plantio, que irão gerar repelência e acabar por desestruturar a colônia de cupins.

Uma vez constatada a incidência de cupins, a medida adotada trata-se da destruição dos ninhos e restos culturais, por meio de preparo do solo em profundidade.

 

Este artigo teve como referências:

https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/3876/1/texto%20completo.pdf
https://www.cpt.com.br/cursos-agroindustria/artigos/cana-de-acucar-principais-pragas-canavieiras-e-metodos-de-controle
https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/artigo/pragas-de-cana-de-acucar--descricao-e-controle_47787.html
https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/artigo/pragas-de-cana-de-acucar--descricao-e-controle_47787.html
http://www.cana.com.br/biblioteca/cartilha_praga/cupins.pdf

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