Guia rápido #27: Scaptocoris castanea.



Foto: Divulgação

Trata-se de uma praga polífaga com ocorrência nas lavouras de soja, milho, sorgo, algodão, café, arroz e pastagens, cujos surtos populacionais tem sido cada vez mais frequentes.

Essa praga tem hábito subterrâneo, e nos períodos mais secos do ano, se desloca para as camadas mais profundas do solo, em busca de ambiente mais úmido. Com início do período das chuvas, retorna para as camadas mais superficiais, e é neste momento que ocorre a revoada e dispersão do inseto. No que diz respeito ao ciclo de vida de S. castanea, a fase de ninfa tem cinco instares e duração de quatro a cinco meses, enquanto a fase adulta de cinco a sete meses.

Danos

Os danos são causados tanto por ninfas quanto por adultos, ao realizar a sucção da seiva das raízes, e os sintomas nas plantas podem variar de acordo com a época de ataque indo do murchamento e amarelecimento de folhas até o subdesenvolvimento e secamento da planta.

Na literatura, existem poucas informações sobre o nível de dano econômico causado por essa praga, porém sabe-se que a densidade populacional de 200 a 300 percevejos por metro linear podem causar perdas de até 100%, a depender da fase em que se encontram as plantas.

O ataque ocorre de forma irregular, desde reboleiras com poucos metros de diâmetro, até a vários hectares. A presença do inseto fica evidente quando são verificadas plantas mortas em reboleiras, amarelecidas e atrofiadas, ou ainda pelo forte odor exalado pela praga durante revoadas ou preparo do solo.

Controle

Devido as variações de umidade no solo ao longo do ano afetarem a dinâmica populacional, distribuição e mobilidade do percevejo, o monitoramento deve ser feito com amostragens da população em diferentes profundidades, podendo ser necessário coletas em até 1,5m de profundidade.

O controle físico pode ser empregado através do preparo do solo, que expõe os insetos aos predadores, e atua no esmagamento de ninfas e adultos.

Embora o controle químico seja a forma mais utilizada, apresenta uma eficiência muito limitada, visto que os produtos de ação sistêmica não se acumulam nas raízes, órgão em que os percevejos se alimentam.

O controle biológico com uso de fungos entomopatogênicos como Metarhizium anisopliae é eficaz, contudo, deve se atentar para questão da seletividade de fungicidas e inseticidas para manejo de outros insetos e doenças.

 

Este artigo teve como referências:               

https://maissoja.com.br/percevejo-castanho-do-milho-ocorrencia-e-manejo/

https://www.agrolink.com.br/problemas/percevejo-castanho_521.html

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