Após ocorrência massiva da broca-das-axilas em soja-Bt, agora é a vez da lagarta Helicoverpa sp.
Segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), houve um aumento nas notificações de ocorrências de Helicoverpa sp nas áreas de cultivo de soja-Bt de primeira geração. Essas ocorrências têm acontecido mais em áreas quentes e secas e possuem a chance de melhora a partir da normalização das chuvas na região, o que pode causar a redução da população das pragas, sem a necessidade de utilizar inseticidas químicos.
Até o momento, todas as lagartas coletadas em campo foram identificadas em laboratório como do tipo Helicoverpa zea, que é naturalmente tolerante aos efeitos da proteína Cry1Ac e, por isso, não é considerada praga-alvo de soja-Bt, diferentemente da espécie que estava com ocorrência anteriormente, a broca-das-axilas.
Ainda assim, recomenda-se que os agricultores fiquem atentos e continue monitorando suas áreas de cultivo, principalmente durante os dias em que o clima estiver mais quente e seco.
Ainda é importante lembrar que a separação das lagartas do gênero Helicoverpa e Chloridea virescens (lagarta-das-maças), outra praga muito comum no cultivo da soja-Bt e de que, de fato, pode gerar estragos, é muito difícil de ser feita em campo. Por isso, é necessário o recolhimento da espécie para que ela seja analisada em laboratório, certificando-se de que não há maiores perigos para sua safra.
A Embrapa ainda recomenda que seja feito o manejo do grupo Heliothinae como um todo, utilizando inseticidas apenas se houver quatro ou mais lagartas dessa espécie por metro quadrado ou quando pode ser observado 30% de desfolha da soja em estado vegetativo.
Fonte: canalrural.com.br