Guia rápido #20: Você conhece o Pulgão do Milho (Rhopalosiphum maidis)?

Foto: Divulgação

 

O Pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis) é uma praga que ataca a cultura do milho, do milheto, do sorgo, cereais de inverno, gramíneas silvestres, entre outras. Antes considerada uma praga secundária, sua ocorrência passou a ter importância, se tornando um problema real para produtores em algumas regiões do país. O uso indiscriminado de inseticidas não seletivos, as mudanças climáticas, o plantio de uma única cultura são fatores que levaram o Pulgão a ter grande relevância na agricultura.

É um inseto da ordem Hemiptera, de distribuição quase mundial, comum em regiões tropicais e zonas temperadas. Dentro dos afídeos, é o principal vetor do vírus do mosaico e o mais eficiente na transmissão de Potyvirus na cultura do milho.

São insetos pequenos (0,9mm – 2,6mm), que vivem em colônias, preferencialmente dentro do cartucho do milho, sendo que os adultos podem ser ápteros (80% da colônia) ou alados (20% da colônia). Dentro das colônias a forma áptera é a mais observada e a forma alada é responsável pela dispersão da espécie, ocorrendo quando existe alta população do inseto, gerando uma escassez de alimento. Possuem a coloração amarelo-esverdeado ou azul-esverdeado, o corpo alongado, manchas negras ao redor do sífunculo, patas e antenas de coloração negra.

Em relação a reprodução do inseto, esta acontece sem o macho, de forma assexuada, através de partenogênese e dão origem a novas fêmeas. As ninfas saem do corpo da mãe, praticamente já formadas, não ocorrendo o processo de oviposição. A temperatura tem grande influência no ciclo deste inseto, sendo favorecidos por altas temperaturas e condições normais de umidade relativa do ar. Ventos e chuvas frequentes são desfavoráveis ao crescimento populacional.

Danos

O Pulgão do milho é um inseto sugador, que se alimenta preferencialmente de partes mais novas da planta. Quanto mais cedo for a infestação, maiores serão os danos, podendo causar perdas de até 60% na produção. Quando ocorre estiagem, a população aumenta e o ataque se dá no pendão e nas gemas florais, tendo também o acumulo de “honeydew”, causando falhas na polinização e fecundação da espiga, o que prejudica a formação de grãos. Essa secreção favorece o aparecimento da fumagina. Também provocam o murchamento foliar em virtude da sucção intensa do inseto.

Também transmite o vírus do mosaico, adquirindo o vírus através da alimentação de plantas infectadas, contaminando plantas sadias através da sua alimentação.

 

Este artigo teve como referências:

http://www.pioneersementes.com.br/media-center/artigos/50/pulgao-no-milho
file:///C:/Users/vendas4/AppData/Local/Temp/Edicao1_infocampo_pulgao_do_milho_AJ_OFICIAL.pdf
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/pulgoes-e-os-danos-diretos-e-indiretos-em-cereais-de-inverno
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/852392/1/pco200.pdf
O pulgão-do-milho
https://maissoja.com.br/pulgao-do-milho-rhopalosiphum-maidis-danos-e-praticas-culturais/

 


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